O que é a Próstata?
A próstata é uma glândula do sistema genital masculino. Localizada na região pélvica, próximo a porção inferior da bexiga, é responsável pela produção de substâncias que compõe o sêmen.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Estima-se que a cada ano quase 70 mil homens desenvolvam a doença.
O tipo mais comum de câncer de próstata é o adenocarcinoma. Classificamos o câncer baseados na extensão do tumor e no comprometimento de gânglios linfáticos ou outros órgãos. Alem disso, o escore de Gleason, descrito a partir da biópsia da próstata poderá nos prever o grau de agressividade da doença.
Fatores de Risco
- Idade: a maioria dos homens tem mais que 50 anos, o pico de incidência é de 65 anos.
- Histórico Familiar: a presença de câncer de próstata em familiares como pais, irmãos, tios e avós aumenta a chance de desenvolver câncer de próstata
- Estilo de Vida: sedentarismo e dieta rica em gorduras de origem animal podem aumentar o risco.
- Inflamação: doenças inflamatórias crônicas da próstata e DST’s podem aumentar o risco de desenvolver câncer de próstata.
- Paciente descendentes de etnias negras tem risco aumentado de desenvolver câncer de próstata.
Sintomas
Diagnóstico
O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura do câncer de próstata. Portanto, homens negros ou com histórico familiar da doença devem procurar um Urologista aos 45 anos. Homens assintomáticos e sem fatores de risco devem procurar o Urologista aos 50 anos. Independente da idade devem agendar consulta homens com sintomas urinários.
PSA X Toque Retal
O que é PSA ?
O PSA é uma proteína produzida pelas células da próstata. Um nível mais alto de PSA dosado a partir do sangue pode indicar câncer de próstata, mas também pode indicar outras doenças por isso a importância da combinaçAo entre toque retal e PSA.
Além disso, o PSA é utilizado para acompanhamento após o tratamento e para monitorizar a presença de possíveis metástases.
Biópsia da Próstata
Quando devo realizar exame de Ressonância Magnética?
Tratamentos
Cirurgia
A Prostatectomia Radical é a cirurgia de escolha para o tratamento do câncer de Próstata. Nela são retiradas a próstata, as vesículas seminais e um fragmento da uretra. Existem 3 formas para realizar a prostatectomia radical:
- Aberta: primeiro método adotado, consiste na incisão da pele com uma cicatriz abaixo da cicatriz umbilical até a região inferior do abdômen. Tem como vantagem a ampla acessibilidade, pode ser realizada em pequenos centros e hospitais de menor porte.
- Vídeo Laparoscópica: método minimamente invasivo com pequenas incisões no abdômen por onde são inseridas pinças e uma micro câmera. Esta técnica tem como vantagem um menor tempo de recuperação do paciente, menor dor pós operatória e menor quantidade de sangramento durante o ato cirúrgico.
- Robótica: semelhante a videolaparoscópica, nesta técnica o cirurgião possui o auxilio de braços robóticos melhorando sua ergonomia e eliminando possíveis tremores, alem de uma imagem magnificada do campo cirúrgico. Tem como desvantagem o custo e a disponibilidade restrita a grandes centros urbanos.
Radioterapia
A radioterapia também é frequentemente usada para o tratamento do câncer de próstata. Tanto em casos iniciais em que o paciente não tenha condições clinicas para ser submetido ao procedimento cirúrgico ou para complementação em casos de recidiva da doença.
Quimioterapia
Geralmente é usada para casos metastáticos ou com baixa resposta aos tratamentos iniciais. Pode prolongar a vida e diminuir sintomas locais da doença.
Hormonioterapia
Esta técnica é utilizada para reduzir o tamanho tumoral ou retardar o seu crescimento. São utilizadas drogas antiandrogênicas, agonistas LHRH ou a Orquiectomia ( retirada bilateral dos testículos) ocasionando uma diminuição nos níveis de testosterona circulantes.
Vigilância Ativa
Sabe-se que o câncer de próstata é na maioria das vezes de crescimento lento e indolente. Para homens, mais velhos ou com alguns problemas de saúde, pode ser indicado a modalidade de tratamento chamada de Vigilância Ativa.
Esta abordagem inclui o acompanhamento rigoroso através do controle do PSA, toque retal e de exames de biopsia e imagem sem o emprego de tratamento ativo. Até 70% dos pacientes conseguem manter o protocolo de vigilância ativas nos próximos 10 anos da doença.